Me deleitarei nas coisas efêmeras?
Me consolará a bondade?
Me encantará o eterno?
Me afligirá a verdade?
Me debruçarei sobre coisas eternas?
Me martirizará o que tem?
Me externará o que interno?
Me conquistará o que vem?
Me transformará a prece?
Me esfriará a partida?
Me engolirá minha quimera?
Me abarcará esta vida?
Me diminuirá a palavra dita?
Me fortalecerá o partir?
Me perseguirá a mentira?
Me destruirá o cair?
Me engrandecerá a palavra não dita?
Me fatigará o saber?
Me possuirá o que fenece?
Me bastará o viver?
Me machucará o descobrir?
Me irritará a discrepância?
Me agradará a solicitude?
Me aliviará a ignorância?
Me irritará a maldade?
Me enfraquecerá a cobiça?
Me cegará o fraco?
Me corromperá a justiça?
Me intimidará a ira?
Me possuirá o furor?
Me ensinará a paixão?
Me matará o amor?
Gláuber Ferreira
(Reprodução sem fins lucrativos está autorizada desde que citada a fonte)
EXPLIQUE ISSO!
2 comentários:
Glauber, sua poesia é visceral! muito intensa nos sentimentos que expõe, nos levando a pensar sobre a vida e sua efemeridade. Parabéns!
beijão, meu lindo!
Gladys
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